5 de dezembro de 2009

Pontos

Bato meu ponto, fico esperando no ponto de ônibus até que os ponteiros marcam quatro horas em ponto. Alguém aponta um pontinho amarelo no horizonte, eu me apronto. Já sentado na ponta direita do penúltimo banco, fotografo a linda garota: cabelos de pontas grossas, vestindo uma blusa com pontos levemente descosturados, carregando uma receita na ponta dos dedos. Para minha surpresa, a foto senta ao meu lado e pronto... Um ponto de exclamação surge em meu rosto. Curioso, viro tanto o pescoço a ponto de ela abrir dois pontos : “- A ponta da minha bolsa ta incomodando” não percebo se no final da frase era um ponto final ou um ponto de interrogação. Respondo que não. Minha pontaria é fraca: da receita, só consigo ler “espere 30 min para dar ponto”. Começo a colocar os pontos nos “is” falando as palavras que apontam na ponta da língua, eliminando os pontos de interrogação. No ponto alto da conversa, do meu ponto de vista quando tinha acumulado muitos pontos com ela, aproximamo-nos e um beijo na ponta dos lábios no último ponto, depois da ponte, ponto turístico da cidade, marcou o ponto inicial de uma história de amor, e o ponto final por enquanto é só esse.

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