17 de maio de 2008

Poema de um tolo

Poema de um tolo que ainda acredita nas pessoas
Nos Titãs prestou muita atenção
Queria ter aceitado as pessoas como elas são
Cada um sabe alegria e a dor que traz no coração*

Por que as pessoas acreditam,
Em um ser divino que não vêem?
E nas pessoas ao seu redor
Não são capazes de crerem?

Amam mais os seus animais
Cavalos, cachorros, gatos
E sem nenhum apego a paz
Brigam que nem bichos do mato

Sei que todas as pessoas tem defeitos,
Mas tudo nessa vida dá-se um jeito
Com esforço, às vezes com sorte
Só não tem como dar jeito na morte

Já ouvimos quantas e quantas vezes
É preciso amar as pessoas como se não houvesse o amanhã
Porque se você parar pra pensar, na verdade não há
Sou uma gota d’água
Sou um grão de areia**

Me sinto como esse tal de Renato Russo
Uma gota d’água no meio desse mar de pessoas
Me sinto andando ao contrário no percurso
Um tolo que acredita que todas elas são boas

Me sinto um grão de areia
Nessa montanha cheia de ódio, sem esperança
Queria poder confiar nas pessoas
como confiávamos na nossa infância.

Eu te desejo muitos amigos
mas que em um, você possa confiar
e que tenha até inimigos
pra você não deixar de duvidar***

Que amigos são esses que não podemos confiar?
Por que temos que duvidar?
Por que não deixamos as diferenças de lado
E simplesmente não podemos amar?

Humberto me disse: Ninguém é igual a ninguém****
Este mundo é o céu e o inferno permanente
Inferno para aqueles que só o lado ruim vêem
Céu para esse tolo que acredita nessa gente

*Epitáfio - Titãs
**Pais e Filhos – Legião Urbana
***Amor pra recomeçar – Frejat
****Ninguém é igual a ninguém– Engenheiros do Hawai

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